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Parceria com escola para investigar Aprendizagem Criativa na prática

Atualizado: 1 de jul. de 2020


Com a ajuda dos estudantes buscamos entender o significado da Aprendizagem Criativa dentro da escola.

 

Fomos investigar com estudantes do fundamental II da Escola Estadual Carlos Maximiliano Pereira dos Santos o sentido da Aprendizagem Criativa na escola. Levamos uma atividades mão-na-massa, instigamos os jovens a pensarem sobre que tipo de aprendizagem nesse que pode ocorrer nesse contexto e se viam significado em práticas como essa. Com esse intuito, convidamos alunos de séries variadas que se inscreveram para participar conosco de uma animada oficina de Robisco.


Buscando entender melhor a perspectiva dos alunos, chamamos um a um para responder três perguntas, sendo elas: 1. É possível aprender e se divertir ao mesmo tempo? 2. Você já aprendeu algo na escola que não caiu na prova? 3. É possível em uma mesma aula aprender matemática, ciências, linguagem e artes? Pretendiamos com essas perguntas tentar entender como eles enxergam a aprendizagem. Mais do que só responder sim ou não foi importante escutar as justificativas deles para aquelas respostas.


Todos os alunos responderam a pergunta 1 afirmando que é possível aprender e se divertir ao mesmo tempo, um dos estudantes comentou que se diverte com seu cachorro e aprende quando está brincando com ele também. Ao responder a pergunta 2 sobre aprender algo que não caiu na prova um outro aluno nos contou que a maior parte do conhecimento que ele tem em física nunca caiu em nenhuma prova dele. Sobre a pergunta 3 alguns alunos disseram que não era possível aprender matemática, ciências, linguagem e artes na mesma aula, mas outros responderam que era possível e fizeram algumas observações. Mais de um estudante falou que não só era possível como era o que estávamos fazendo naquela atividade do Robisco. Outro disse que o professor de artes deles junta mais de uma área do conhecimento em uma mesma aula. Dois alunos ficaram na dúvida se era possível ou não, argumentaram dizendo que em algumas aulas eles conseguiam enxergar isso acontecendo e em outras não.


Antes de colocar a mão na massa, apresentamos para os alunos uma Rotina de Pensamento inspirada nas pesquisas do Agency by Design (http://www.agencybydesign.org/) para que cada um refletisse sobre os elementos que seriam usados na construção do Robsico, explorando cada parte, sua funções e como poderiam conectar-se umas às outras.


Após esses dois processos iniciais colocamos a mão-na-massa para produzir as engenhocas que rabiscam. Os alunos ficaram muito entretidos neste momento de construção e se sentiram muito orgulhosos deles mesmos quando chegaram ao final e conseguiram fazer o Robisco funcionar.


Algo que chamou nossa atenção foi que dos 28 alunos participantes da nossa atividade, só 2 eram meninas. Ficamos curiosas para entender o porquê de tão poucas meninas estarem presentes. Estamos pensando em ações que contribuam para desmistificar a relação da tecnologia com gênero.


Essa atividade foi um início de conversa com os alunos para tentar entender o que faz sentido e o que não faz para eles dentro da sala de aula e se eles enxergam nossas atividades como uma maneira alternativa de aprender. Pretendemos continuar com essa escuta sensível e com esse contato próximo com alunos para compreender de forma mais profunda o que sentem sobre o processo de aprendizagem.



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