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Projeto Pontapé de aprendizagem Criativa 2017

No início de 2017 as catalisadoras Rita, Simone e Paola  fizeram uma parceria com o Instituto MRV para aplicarem projetos de aprendizagem criativa nas escolas públicas da região de Pirituba, Carlos Lacerda e Silvio Xavier.

Para que o trabalho ocorresse foram necessários contratar dois educadores - Naíma e Vinícius e uma comunicadora Andressa que iria documentar o processo. Assim que a equipe foi formada começaram as ações.

O primeiro semestre foi o momento de identificação do espaço e levantamento dos desejos e sonhos da comunidade escolar. Com os educadores foram realizadas oficinas de escuta com a atividade do Robisco, junto com uma introdução teórica sobre aprendizagem criativa. Com os educandos realizou-se a atividade O que faz seu olho brilhar? a fim de compreender o que os alunos gostavam e gostariam de melhorar nas escolas.

A partir dessa coleta os catalisadores contabilizaram as demandas de modificação do espaço físico e separaram por eixos temáticos a fim de quantificar os sonhos dos envolvidos. Depois dessa etapa a equipe se reuniu para propor quatro projetos para cada escola, com base nas demandas apresentadas.

Posteriormente foi feita uma reunião com os educadores para apresentar os projetos e pediu-se que os professores interessados definissem uma sala para trabalhar. A partir desse apadrinhamento começaram os trabalhos efetivamente. Uma vez por semana os catalisadores, juntamente com os professores, utilizavam duas aulas com a sala para desenvolver o projeto.

Na escola Silvio Xavier tiveram quatro projetos: os muros da rampa, o cantinho da natureza, o  cantinho da pedra e da sala ambiente.

 

 

 

 

Todos os projetos tinham encontros reservados para ampliação de repertório, prototipação, pesquisa, organização do projeto e a interferência efetiva no espaço.

No muro da rampa foi realizado o trabalho de grafite com a participação do grafiteiro da região Luan Borgô. O projeto buscou a introdução à técnicas de desenho, grafite e a pintura do muro.

A escola Silvio Xavier tem uma espaço de área verde que estava abandonado. A partir do desejos dos alunos em modificar esse espaço foi desenvolvido esses encontros. Eles tiveram a ideia de fazer uma trilha e se dividiram em equipes. Para ampliar o repertório eles receberam a visita do alpinista e professor de escalada Francisco Loria que levou equipamentos de segurança, materiais de escalada, livros e tiveram uma aula sobre trilhas. A sala estava extremamente animada com o projeto no entanto os dias de dezembro reservados para a montagem efetiva da trilha foram tomados pelas chuvas de verão e impossibilitaram o término do projeto. Apesar da frustração, no encontro de encerramento, a sala entendeu os motivos que impossibilitaram o término e conseguiram enxergar o processo.

A escola tinha uma pedra, que em outros tempos havia sido um espaço de convivência. Surgiu de um desejo da professora de revitalização do entorno. O projeto contou com a produção de decoração feita com garrafa pet, plantio de trepadeira e produção de bancos com caixotes de feira.

Por fim , em parceria com a professora de história uma sala foi ambientada com a temática. Em conjunto, professora e alunos, se debruçaram na escolha dos mapas, imagens para a colagem de lambe na porta, produção de uma estante com caixotes de feira, construção de uma linha do tempo da história do mundo.

Já na escola Carlos Lacerda as demandas foram outras mas todos seguiram o mesmo intuito de pensar no projeto, adquirir repertório e efetivar a intervenção. Os projetos foram: construção de um palco, produção de uma horta, convivência e revitalização da quadra.

A ideia da construção do palco vem de um desejo antigo da escola. A classe escolhida abraçou a causa e realizou um trabalho ótimo. A ideia, partindo deles, utilizou pallets  como matéria prima. Medir, lixar, pintar foram verbos que acompanharam o projeto. O resultado foi satisfatório e o palco já foi utilizado no evento em comemoração aos 40 anos da escola.

Na apelidada Carlos, o projeto da horta se esbarrou em inúmeros compromissos escolares, provas estatais, passeios, reuniões de professores, reuniões de pais e isso impossibilitou o desenvolvimento do projeto.

Havia um lugar abandonado no terreno da escola e a partir das ideias dos alunos foi transformado em um espaço de convivência. Foi instalada uma mesa de ping pong, mesas com tabuleiro de xadrez, bancos, e tudo foi pintado e pensado pelos envolvidos.

Além dessa grande interferência no espaço uma sala também decidiu trabalhar com grafite para revitalizar a quadra. Esse espaço é aberto e atende a comunidade do entorno. Com a ajuda dos moradores da região juntamente com alunos, foram feitos mutirões e realizado desenhos pensados pelos alunos. Esse projeto recebeu a colaboração do grafiteiro Marcos, também profissional da região.

A aluna Nicoli da Silvio Xavier contou sobre o projeto que participou, os muros da rampa:

“O que eu aprendi nesse catalisador assim foi aprender coisas novas, ver coisas novas e tocar em coisas que a gente nunca tinha visto antes. E também aprender a confiar mais, a gente não confiava, a gente nunca imaginaria  que daria certo que a gente fez. Mudou muito, o trabalho em união porque antigamente a gente não fazia isso”.

Depois de inúmeros feedbacks positivos contatamos que mudanças entre a relação professor e aluno, comunidade e espaço  físico da escola, engajamento e atenção foram frutos do trabalho intenso que foi realizado nessa parceria.

Assista o vídeo sobre o projeto!

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